quinta-feira, 22 de maio de 2014

austeridade

duas mulheres. desempregadas, sem subsídio de desemprego. 
os maridos ganham um tostão acima do máximo definido para terem direito a subsídios, RSI e assim.
um trabalha, o outro está reformado.
as senhoras estão deprimidas, ansiosas, desesperadas, não dormem, têm aspeto sofredor. 
porventura exagerarão tanto as queixas que acabam por acreditar nelas como as sentem e sofrer ainda mais. vejo que pretendem a "reforma" (jubilação) por doença. 
mas o que elas querem é sobreviver. 
e a "reforma", seja por que método for, na idade delas é a única saída. 
não lhes garanto nada, porque as "juntas médicas", que avaliam as situações e os relatórios de especialistas, não têm contemplações, têm ordens superiores. 
são ainda mais austeras que a própria austeridade.

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