é difícil escrever qualquer coisa que não meta política.
só um ser etéreo e alado, liberto das preocupações mesquinhas que assolam o ser humano, se pode dar ao luxo de ignorar a política, sobretudo no que ela tem de mais desprezível: a arrogância e o desdém pela sorte das pessoas, o desprezo pela felicidade e bem-estar dos outros, a fanfarronada do interesse dos mercados, a salvaguarda dos mais poderosos, o tratar das pessoas como números, como números que podem encolher até ao infinito.
é difícil escrever qualquer coisa que não meta desta política.
mas mais difícil ainda é ficar calado e aguentar.
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