nos primórdios de oitocentos, Zé Rebelo, alfaiate, vinha sezonalmente de Ribeira de Pena a Guimarães para despachar trabalhos e encomendas.
uma das paragens da sua caminhada de onze léguas a pé era uma casita em Serafão, espécie de poiso certo, de albergaria só pra ele.
aí, três quartos do caminho andado, tinha cama, mesa, roupa lavada, companhia e assistência a outras precisões.
a mulher que o esperava era uma tal Ana Francisca, a quem Zé Rebelo terá feito pelo menos quatro filhos.
o trabalho de alfaiate não devia correr mal de todo: sustentava esses filhos mais os legítimos e, quem sabe, outros Serafões.
Zé Rebelo é meu antepassado, que deus tenha. e falo nisto porque acho muita graça.
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