um estudo recente de Filipa Palha aponta inúmeras inconsistências, incongruências e desigualdades no processo de "reforma e desinstitucionalização" psiquiátricas em Portugal.
não sei muito mais do que diz o estudo e também não vou perder muito tempo com ele. mas que o processo de "reforma e desinstitucionalização psiquiátrica" em Portugal foi uma pessegada austeritária, isso foi.
que hoje não há camas suficientes para "agudos" e que os "crónicos" estão por aí bem escondidos em instituições desvocacionadas e desequipadas, longe da vista dos curiosos, isso é.
e que se eles descompensam não há onde os meter, também é verdade.
e que é cada vez mais perigoso ser doente mental em Portugal, é.
e tudo isso porque quanto mais barato melhor, que uma reforma e desinstitucionalização psiquiátrica sérias "custam muito dinheiro".
não importa saber se o custo é menor que o benefício. ninguém está para fazer essas contas. toca a desinvestir, toca a cortar, toca a desmantelar, toca a destruir. é essa a cultura atual.
e os doentes? doentes? quem quer saber disso?
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