não perdoo, não perdoarei nunca, nem tenho que perdoar, que o PàF tenha cortado a minha pensão de aposentadoria e a de outros como eu, que toda a vida trabalhámos para a conseguir, descontando parte substancial do salário mensal.
não perdoo que tenham cortado salários e aumentado as horas de trabalho aos funcionários públicos, assim, sem mais nem menos.
não perdoo que, ao menos, não tivessem a decência de cortar proporcionalmente as pensões de reforma, ou outras, e de cortar proporcionalmente os salários e aumentado as horas de trabalho dos diretores e subdiretores de todas as diretorias e subdiretorias, dos CEO, presidentes, vicepresidentes e vicevicepresidentes dos mais que muitos tachos e prebendas.
não perdoo que atirem as culpas só para cima de uns, quando tiveram tanta ou mais responsabilidade naquilo que aconteceu às finanças.
não perdoo que tenham subido astronomicamente os impostos de quem os paga e não tenham feito nada para cobrar os impostos de quem, tendo muito mais que os pagar, os não paga. de quem foge a eles como o diabo da cruz. de quem vai pagá-los no estrangeiro, por metade do preço.
não perdoo que, ao menos em troca, não tenham baixado a dívida pública, não tenham criado empregos e tenham mandado meio mundo para fora, como refugiados de um país idiota.
não perdoo a falta de sentido de Estado com que destruiram a função pública, as empresas públicas, os setores essenciais da economia nacional. não perdoo a forma como vendilharam tudo, e mais que houvesse, por tuta e meia.
não perdoo muitas mais coisas, que nem sequer vale a pena aqui referir.
não voto neles. e tudo farei para que ninguém caia no inacreditável disparate de votar em semelhante gente.