na adoção em geral ou na coadoção em particular há uma questão fundamental: dizem os adotantes e candidatos que a discussão é em torno dos direitos ou vantagens das crianças adotadas, quer dizer, de alguém que não pode ou não deixam pronunciar-se. logo, não tem nada que ver com os interesses de mais ninguém senão com os de quem quer adotar. tudo o resto são construções retóricas. porque, além do mais, há à partida uma enorme questão: a seleção do adotado em detrimento dos que ficam por adotar.
que dizem eles, os adotantes, aos que deixam sem adoção: és feio? não gosto de ti?
é que no mundo dos pais não se escolhem os filhos. fazem-se.
por isso, não me lixem com essa conversa dos direitos e da felicidade da criança.
seja qual for a constituição do casal adotante, a coadoção é uma leviandade. vincula-se um ser humano em desenvolvimento, uma entidade vitalícia, a uma entidade mais ou menos efémera e transitória a que se chama casal. ou seja, sempre que o casal se desfaz e cada membro adotante refizer a sua vida, a pobre criança vai juntando ao seu currículum vitae mais um pai ou uma mãe.
o que em termos de direitos e felicidade da criança é ótimo e reconfortante. quantos mais pais e mães tiver, melhor para ela.
não me lixem com essa conversa dos direitos e da felicidade da criança. porque o que está em causa não é a felicidade nem os direitos da criança adotada, mas sim a felicidade e os direitos do casal adotante enquanto dure.
e já nem quero falar dos casos em que os pais adotivos, fartos ou não satisfeitos com a aquisição que fizeram, devolvem a criança adotada à proveniência. é claro que isso é no interesse da criança e da sua felicidade.
seja qual for a constituição do casal, a coadoção é como por uma casa ou um carro "em nome dos dois". só que a criança não é uma casa nem um carro. não é uma coisa nem um bem transacionável. nem alienável.
e, depois, uma coisa é discutir os direitos e a proteção das crianças, outra coisa, muito diferente é discutir a igualdade de direitos das maiorias e das minorias, quer dizer, as heterofilias e as homofilias, as heterofobias e as homofobias. não se misture o que não é misturável, nem se use as crianças como armas de arremesso. faça cada qual sua coisa, de acordo com o seu gosto, desejo, inclinação, parcerias ou destino. mas não invoquemos as crianças em vão.
não me lixem.
que dizem eles, os adotantes, aos que deixam sem adoção: és feio? não gosto de ti?
é que no mundo dos pais não se escolhem os filhos. fazem-se.
por isso, não me lixem com essa conversa dos direitos e da felicidade da criança.
seja qual for a constituição do casal adotante, a coadoção é uma leviandade. vincula-se um ser humano em desenvolvimento, uma entidade vitalícia, a uma entidade mais ou menos efémera e transitória a que se chama casal. ou seja, sempre que o casal se desfaz e cada membro adotante refizer a sua vida, a pobre criança vai juntando ao seu currículum vitae mais um pai ou uma mãe.
o que em termos de direitos e felicidade da criança é ótimo e reconfortante. quantos mais pais e mães tiver, melhor para ela.
não me lixem com essa conversa dos direitos e da felicidade da criança. porque o que está em causa não é a felicidade nem os direitos da criança adotada, mas sim a felicidade e os direitos do casal adotante enquanto dure.
e já nem quero falar dos casos em que os pais adotivos, fartos ou não satisfeitos com a aquisição que fizeram, devolvem a criança adotada à proveniência. é claro que isso é no interesse da criança e da sua felicidade.
seja qual for a constituição do casal, a coadoção é como por uma casa ou um carro "em nome dos dois". só que a criança não é uma casa nem um carro. não é uma coisa nem um bem transacionável. nem alienável.
e, depois, uma coisa é discutir os direitos e a proteção das crianças, outra coisa, muito diferente é discutir a igualdade de direitos das maiorias e das minorias, quer dizer, as heterofilias e as homofilias, as heterofobias e as homofobias. não se misture o que não é misturável, nem se use as crianças como armas de arremesso. faça cada qual sua coisa, de acordo com o seu gosto, desejo, inclinação, parcerias ou destino. mas não invoquemos as crianças em vão.
não me lixem.
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