temos dois santos novinhos em folha. por sinal Papas.
a coisa já estava em marcha quando Francisco chegou. e também não é por aí que o Francisco borra a pintura. fez bem em não mexer no assunto e deixá-lo seguir os trâmites até ao fim. na Igreja há de tudo e não é bom pastor o que divide as ovelhas.
e fez ainda melhor ao dizer que coloca ao serviço dos pobres o ouro do Vaticano. já vi quem criticasse até isto, dizendo que o oiro acaba antes de acabarem os pobres. mas nisto, quando se quer mexer em alguma coisa, é-se preso por ter cão e preso por não ter. se não fizesse nada pelos pobres, aqui d'el rei que era um sovina e um especulador financeiro. não tenho pachorra para essas críticas.
quanto ao caso dos Papas e do respetivo processo, é claro que há que dar à coisa da "santidade" um ar de gravidade e seriedade superior ao sentir da populaça.
o "milagre" é uma boa peneira. ainda que os "milagres" se esgotem no setor da saúde, o que eu, como médico, entendo muito bem. o facto de haver "milagres" em todas as religiões aponta para mecanismos psico-imunitários complexos em que a projeção das dificuldades num ente afetivo mais ou menos virtual, ou até imaginário, pode por em marcha processos de reposição do equilíbrio físico e psíquico.
não acredito em santos nem deixo de acreditar. já tive na vida momentos em que tive de projetar nessas figuras grandes e muito difíceis problemas. e por isso ou por qualquer outra razão, o resultado não podia ser melhor.
bem-vindos ao panteão, senhores santos novos.