descontando a minha desconfiança em relação às queixas de "assédio sexual", que muitas vezes obedecem a motivações obscuras, é sempre uma maçada ler notícias dessas. e em especial quando se referem a padres católicos, vinculados ao voto de celibato. não creio que o problema se resolva por si só com o fim do celibato dos padres. como é sabido, há muita gente que nem é sacerdote, nem está vinculado ao celibato, ou nem sequer é religioso, e não se livra desse tipo de queixas nem do tipo de reações que elas provocam.
o crivo das motivações que levam alguém a queixar-se de outrem sob pretextos sexuais tem que ser muito bem calibrado. podemos sempre estar perante um [vingativo] assassinato de caráter. irremediável, portanto.
o que aqui deixo escrito não se refere a nenhum caso concreto, antes traduz uma visão distanciada da matéria genérica em questão. pelo que lamento profundamente a prontidão com que certos intérpretes apressados da alma humana avançam com explicações, diagnósticos e soluções. e se houver mais necessidade de explicar o motivo das queixas do que a matéria das queixas em si, seja ela referente a padres, seja referente a leigos, seja referente a quem nem sequer tem nada que ver com religião?
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