A nova ortografia é leve, suave e doce. É à prova de xenofobia, arrogância e chauvinismo. Não contém "c" e "p" mudos, nem outros aditivos. É agradável ao paladar. E sobretudo não morde.
Gostava de esclarecer que não tenho que me pronunciar sobre a nova ortografia porque também não tive que me pronunciar sobre a velha; que não me sinto constrangido a escrever da nova maneira, porque também não me sentia constrangido a escrever da maneira antiga; que não tive nada a ver nem fui consultado sobre a nova ortografia, mas também não tive nada a ver nem fui consultado sobre a ortografia anterior. As coisas são o que são. Quem está de fora racha lenha. Mas lá que gosto mais da ortografia nova, isso gosto.
E sobretudo, não tenho que ser a favor nem contra. Seria demasiada vaidade e arrogância. Escrevo nela, simplesmente.
Mas se há por aí quem não goste, se há por aí quem se ache entendido, mais que os entendidos, se há por aí quem se sinta superior aos outros falantes e escreventes, pois que façam o favor de ser antiquados e chauvinistas. Mas que não me chateiem.
Não há nenhum ódio à nova ortografia. Isso é demais para os contras. A elaboração "teórica" do "exército dos 6000" não chega lá. Eles primeiro sentem e só depois argumentam "à la carte", consoante o que sentem. O que existe é um ódio ao Acordo, por ter sido feito com países que, ao que eles na sua soberba pensam, "falam mais mal Português do que nós". Ou seja, "eles que escrevam como nós e é se querem". E nós que fiquemos sozinhos, dialetizados, perdidos na hegemonia pacóvia do Inglês.
Eles são muito inteligentes.
Eles são muito inteligentes.
Ah, já me esquecia, uma coisa de que os contras se queixam é de serem obrigados a aprender e a ensinar a nova ortografia. Ó xente, é verdade. Mas até agora eram obrigados a aprender e a ensinar a ortografia antiga e nenhum deles se queixou.
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PS: até há pouco, um dos grandes "argumentos" dos contras era o de serem a maioria (inteligente, já se vê) e a maioria é que manda e pronto. Descobriram agora que são minoritários, que não passam, afinal, de uma minoria étnica barulhenta e p'cebe. Que chatice. Agora, a nova ortografia é uma imposição inadmissível da maioria (burra, é claro)!
Será que ainda alguém tem pachorra para os aturar?
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