o velhote era um bocado espalhafatoso. gostava de fazer barulho, falar alto no café, por o telemóvel a tocar uma música detestável, das de fugir para não ter que a gramar.
vi-o ainda há dias, junto com os mesmos amigos de sempre, e sempre nos mesmos preparos.
deixou de aparecer.
apesar de toda a confusão que provocava nas mesas mais próximas, parece que falta qualquer coisa ali. apagou-se uma luz. era uma luz única. não é possível por uma igual no lugar daquela.
apesar de toda a confusão que provocava nas mesas mais próximas, parece que falta qualquer coisa ali. apagou-se uma luz. era uma luz única. não é possível por uma igual no lugar daquela.
é assim a vida. aparecer, aparecer, aparecer e desaparecer.
"já não vem mais? é p'a sempre?" - diria o Má' (Mário) do hospício, que também já deixou de aparecer...
Sem comentários:
Enviar um comentário